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27/04/2016Especialistas em Steel Framing, do Instituto de Construção a Seco do Uruguai – IUCOSE – falam no 2º Congresso de Steel Frame. O Uruguai é um dos países que conseguiu que o ensino do sistema construtivo chagasse às Universidades do país, que vai muito bem com o desenvolvimento e aceitação do LSF
O Brasil vai sediar o 2º Congresso Latino-Americano de Light Steel Frame, nos dias 11 e 12 de maio, no Maksoud Plaza Hotel em São Paulo. O LSF avança em diversos países e tem se mostrado como uma das melhores alternativas para a construção civil atual por se alinhar às necessidades deste século: prazos curtos, eficiência produtiva, redução de impacto ambiental, mão de obra qualificada e economia.
Popular em países latinos e nos EUA, o LSF usa perfis de aço galvanizado e placas cimentícias nas edificações. Este tipo de construção civil chega a economizar até 80% de água, quando comparado à alvenaria, além da economia de tempo na execução, de ter projetos precisos, sem possibilidade de arranjos durante a obra e muito conforto térmico e acústico, graças aos produtos desenvolvidos com alta tecnologia pelas indústrias deste setor.
O objetivo do Congresso é trazer ao segmento da construção civil um panorama do desenvolvimento deste sistema construtivo no Brasil e na América Latina. Representantes do Governo Federal, dos Conselhos de Arquitetura e Engenharia, do sistema financeiro, de institutos e construção a seco de países vizinhos e as mais importantes indústrias deste setor estarão presentes para discutir e apresentar cases de sucesso no mundo.
“O caminho percorrido pelo IUCOSE para obtenção do DAT do Steel Framing no Uruguai “será o tema da apresentação do arquiteto, Gabriel José Boccarato Scavone, um dos sócios fundadores do IUCOSE, que integra a Comissão de Manuais de Normas Técnicas deste instituto, bem como da Comissão de Capacitação e foi o técnico encarregado da obtenção do DAT do sistema Steel Framing naquele país.
Outro integrante do Instituto comandará a apresentação, que tem como tema “Steel Framing, um sistema que democratiza o acesso a moradia – experiência de autoconstrução no Uruguai” é Liber Jesús Trindade Racedo, assessor executivo do IUCOSE . Liber Trindade é construtor, fundador da empresa Casa Aberta , dedica-se exclusivamente ao LSF desde 2012 . Ele fundou também a Cecatec (Centro de Treinamento Técnico), o primeiro no Uruguai dedicado a treinar instaladores de sistema de construção steel framing, com uma metodologia de prática pelos alunos em sala de aula, oficina escala, com todas as ferramentas e materiais necessários para o aprendizado focado no trabalho.
Ambos se dedicam a promover o sistema construtivo Light Steel Framing no Uruguai, cujo desenvolvimento e popularidade do sistema vão muito bem. Há registros de obras públicas com décadas de funcionamento e o interesse pelo sistema aumenta a cada dia entre profissionais do setor e estudantes.
Após a construção das primeiras casas em 1985, o sistema ganharia força: “quando o Steel Fra-me tinha um desenvolvimento limitado, começamos a trabalhar na arquitetura em Drywall, no Hospital de Clínicas, que é propriedade do Estado. Foi uma das primeiras obras públicas que utilizou o Drywall e foi emblemática, o Centro de Queimaduras, numa época em que não havia mão de obra capacitada. Essa capacitação veio com a ação do Ministério do Trabalho, o que viabilizou outras edificações como o Centro de Diálise, relatou o presidente do Instituto, Santiago Horjales, durante sua fala no congresso passado. Ele relatou ainda que só em 1990 os perfis começaram a ser fabricados no Uruguai, com máquinas adequadas e em 1995 surgiram empresas distribuidoras do Uruguai. Esse desenvolvimento exigiu a abertura dos primeiros cursos de capacitação profissional, uma atividade acadêmica da Faculdade de Arquitetura. Embora extracurricular, estimulou os professores, que passaram a falar de outros sistemas de construção, como forma de abrir a mentalidade dos alunos. Graças a isso, hoje esse ensinamento faz parte do currículo, disse o presidente do Iucose.
Em 2000 surgiram os primeiros empreendimentos com o Steel Framing em bairros de condomínios, geralmente ocupados por funcionários de empresas internacionais, executivos que chegavam ao Uruguai, vindos do exterior. Mas só há três anos o Instituto Uruguaio de Construção a Seco começou a operar. Como participam fabricantes, distribuidores dos produtos e os instaladores, há uma mescla de pessoas que sugere interação. O Instituto não tem fins lucrativos, apenas promove normas, medidas técnicas e procedimentos e assessora repartições públicas. A intenção é universalizar o sistema com a uniformidade das especificações técnicas. “Temos inclusive uma comissão de documentos técnicos e dados necessários para construir para o Ministério da Habitação”, disse o presidente do IUCOSE.
O Iucose tem ainda uma comissão de manuais, um trabalho da comissão de difusão através de sites, redes sociais, reuniões de capacitação com institutos educacionais e organização de encontros e conferências. E a Comissão de Capacitação, que propõe programas de estudo em âmbito acadêmico. “Assim fizemos convênio com a universidade do Uruguai para a realização de um curso de construção seca e sustentável, o que teve uma grande repercussão e chegou ao setor privado com a formação de câmaras empresariais. Há muitos pedidos de artigos sobre o assunto para publicação em revistas e isso é muito importante, porque o setor imobiliário precisa conhecer as virtudes desse sistema”.
O crescimento do sistema LSF no Uruguai pode ser medido pela evolução das vendas de placas de gesso acartonado, por metro quadrado: de 0.09 a 1.06 em 2014. Para Horjales, o trabalho sério e dedicado dos profissionais da área tem garantido essa evolução: “temos que cumprir todas as especificações, principalmente em habitações sociais ou populares. Obras sem patologias arquitetônicas e geram saúde e esta é uma das grandes vantagens do sistema: proteção ao usuário, assegurando a habitabilidade”.