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A Rôgga Empreendimentos, construtora e incorporadora catarinense, é pioneira na implantação da tecnologia BIM integrada ao SAP, software alemão que engloba sistemas, aplicativos e produtos para processamento de dados. Tendência mundial e aposta de construtoras e incorporadoras, o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, é um processo integrado e colaborativo de concepção e desenvolvimento virtual da edificação – tecnologia ainda em fase inicial de implantação no Brasil. “Essa tecnologia vem para nortear o desenvolvimento de produtos, aliado ao planejamento analítico realizado por meio da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), funcionalidade do SAP ligada ao planejamento das etapas do processo construtivo”, destaca Carlos Rebollo, diretor técnico da Rôgga Empreendimentos.
A Rôgga implantou três versões da tecnologia BIM: 3D, 4D e 5D. O BIM 3D incorpora o conceito de atrelar a concepção do produto a um banco de dados, o que aprimora o número de informações atribuídas a uma edificação e permite que essas informações sejam trabalhadas em um processo visível a todos. Consiste na consolidação dos projetos tridimensionais, com todos os elementos necessários para sua caracterização e posicionamento espacial. Uma de suas vantagens é o clash detection (detecção de conflitos), em que é possível identificar e corrigir inconsistências no projeto. Já o 4D se destaca pela possibilidade de acompanhar o avanço da construção, pois os elementos gráficos da edificação podem ser atrelados ao cronograma da obra.
Uma das plataformas mais modernas é o BIM 5D, que tem no orçamento seu diferencial, pois permite vincular os elementos que compõem a construção virtual a um banco de dados. Essa funcionalidade auxilia na automatização do processo de gerar quantitativos, uma vez que valores são atribuídos a elementos componentes do projeto (como material e mão de obra). “A tecnologia é já utilizada em países como Estados Unidos, Inglaterra, Finlândia, China, Singapura e Dinamarca – mas ainda vem passando por um processo de amadurecimento no setor de construção civil brasileiro”, aponta Rebollo.
A construtora catarinense passou a utilizar a tecnologia BIM na metade de 2015, com o Velutti Home Club, empreendimento que terá as torres mais altas de Penha (SC) – a torre mais alta tem 57,85 metros. “A partir dessa obra, todos os empreendimentos da Rôgga serão trabalhados com a tecnologia BIM. Ela nos permite ser mais eficientes e antecipar problemas que anteriormente poderiam ser percebidos apenas na fase de obra. O modelo, associado ao cronograma, permite a visualização das etapas das obras, gerando melhorias em produtividade, eficiência e qualidade no processo construtivo”, sublinha o diretor técnico.
O processo da Rôgga segue os moldes da indústria automobilística: o empreendimento nasce e é projetado em modelos virtuais tridimensionais (3D); seu planejamento da produção é concebido em 4D (acompanhamento em tempo real da obra) e integrado ao orçamento em 5D (quantidade de itens). As informações se concentram em um modelo único, hospedado em nuvem para colaboração. Entre as vantagens da tecnologia 5D apontadas pelo engenheiro, estão a automatização do processo de compatibilização de projetos, a visão espacial do empreendimento e a facilidade no acompanhamento, monitoramento e processo de orçamento da obra.
“Migrar para esse processo resulta em projetos mais precisos, com a garantia de menos problemas na obra. Além disso, a tecnologia permite que todos os projetos estejam em uma única plataforma, sempre atrelados a um banco de dados, o que facilita a compatibilização. Assim, é possível obter os dados necessários para a elaboração do orçamento de forma automatizada, e o controle e monitoramento da obra pode ser feito em tempo real”, ressalta Rebollo.
BIM + SAP
O diretor técnico da Rôgga evidencia a vantagem de aliar o BIM ao SAP – este último já utilizado há mais de dois anos pela construtora: “A compatibilização de projetos e a determinação dos quantitativos dos insumos necessários para a obra produzem uma elevada taxa de assertividade do processo orçamentário. Estando BIM e SAP integrados, temos um ganho representativo. Além dessa dimensão, a integração permitirá também um controle efetivo do planejamento de curto, médio e longo prazo da obra.”
Após a fase de projetos e a compatibilização, homologa-se a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que controla todas as etapas da obra. Com isso, as operações, os quantitativos, os custos e as datas estão registradas na base do ERP, um sistema integrado de gestão empresarial fornecido pelo SAP. “A conexão do SAP com o BIM permite acompanhar as etapas construtivas em formato 5D, tanto para o que já foi executado, quanto para as etapas futuras. Os apontamentos periódicos das operações feitos no ERP serão replicados para o BIM de forma online. Essas ferramentas bem aplicadas permitem um aumento significado na eficiência operacional da empresa, que pode ser traduzido por ganho de competitividade”, explica Rebollo.
As duas ferramentas, SAP e BIM, estão sendo usadas em união pela primeira vez no empreendimento Australis Easy Club, residencial que tem previsão de lançamento, em Joinville (SC), para 2016.
Sobre a Rôgga Empreendimentos
Há nove anos atuando em Santa Catarina, a Rôgga já entregou 1.990 apartamentos, nas linhas de produto Home Club, Easy Club, Comfort e Soft. São 38 torres distribuídas em Joinville, Jaraguá do Sul, Barra Velha, Balneário Piçarras e Penha. Atualmente, 22 torres estão em construção, o que corresponde a 1.683 apartamentos, ou seja, mais de 190 mil m².
Seus investimentos atuais estão voltados para a implantação do Rôgga Edifícios Sustentáveis (RES), um novo processo construtivo que se inicia na concepção do projeto, vai ao canteiro de obras e se reflete no edifício finalizado. O objetivo é desenvolver empreendimentos projetados com soluções de sustentabilidade, a fim de garantir maior qualidade, competitividade e eficiência ambiental.
Mais de R$ 18 milhões estão sendo investidos em pesquisa, qualificação, desenvolvimento de pessoas e de tecnologias inovadoras – parte dos recursos vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Um dos projetos da construtora é o Centro de Preparação e Logística (CPL), uma área de 2 mil m² destinada à industrialização do processo construtivo, que se localiza em Joinville (SC). Os produtos inovadores estão sendo desenvolvidos em parceria com especialistas da Broad Homes, uma das mais importantes empresas no setor de construção civil da China.
Assessoria de Imprensa Rôgga Empreendimentos. Mercado de Comunicação. Jornalistas responsáveis: Guilherme Diefenthaeler (guilherme@mercadodecomunicacao.com.br) e Marcela Güther (marcela@mercadodecomunicacao.com.br)