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18/04/2016Neste excelente artigo, retirado do portal de notícias da Feicon, Mônica Barbosa fala um pouco a respeito da busca por sistemas construtivos mais inteligentes.
Eu já comentei por aqui que uma das principais discussões entre os arquitetos atualmente são os novos processos construtivos para moradias temporárias que unem qualidade e baixo custo. O tema, inclusive, vai aparecer com força total na próxima Bienal de Arquitetura de Veneza, com curadoria do arquiteto e ganhador do Prêmio Pritzker deste ano Alejandro Aravena.
O assunto é mais do que pertinente hoje, com as frequentes notícias que recebemos sobre desastres naturais que destroem cidades quase que inteiras ou crescentes movimentos migratórios que ocorrem em meio à guerra ou à pobreza e deixam milhões de pessoas sem ter onde morar.
Muitas vezes parece que esses problemas estão distantes de nós. Mas engana-se quem pensa assim. A verdade é que ainda temos uma grande demanda de moradias formais no Brasil e várias pessoas sem lares depois de catástrofes como a que aconteceu em novembro passado na cidade de Mariana, quando as barragens Fundão e Santarém se romperam e despejaram 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água por toda a região.
Mas a boa notícia é que já existem propostas inteligentes e eficientes surgindo das mãos de arquitetos e designers por todo mundo. E há algumas que estão pertinho.
Um bom exemplo é a Casa Cerâmica, projeto parceiro da Reed Alcantara Machado, com apoio técnico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção do Estado de São Paulo (Sindicercon-SP), que este ano, especialmente, conta a planta modelo da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Ideal para casas com dois ou três dormitórios, o empreendimento de até 66,2m² poderá ser visitado pessoalmente entre os dias 12 a 16 de abril durante a Feicon Batimat, no Anhembi, em São Paulo. E o mais legal desse projeto é que seu custo gira em torno de mil reais por m², ou seja, 30% mais econômico do que as plantas e sistemas construtivos tradicionais.
A Casa Cerâmica é uma obra de execução rápida, pois à medida que a alvenaria é aplicada, as instalações elétricas e hidráulicas são embutidas nas paredes, o que acelera a finalização. Já os blocos cerâmicos oferecem isolamento térmico e acústico, além de segurança e conforto.
Outra vantagem deste processo é a diminuição de armaduras e a consequente redução no consumo de concreto e argamassa para assentamento e revestimento das paredes. Tudo isso com zero desperdício.
Sistemas construtivos, como o cerâmico, também parece ser muito versátil, podendo ser usado em prédios de múltiplos pavimentos, casas de alto padrão ou até mesmo para atender o setor de moradia social.
*MÔNICA BARBOSA é reconhecida como a voz do design no Brasil. Idealizadora e diretora do LIVING DESIGN, a profissional multimídia estreou o primeiro programa de design no rádio no Brasil. Assina a coluna Design na revista semanal Caras e está presente no CarasBlogs, no Anuário de Decoração Caras, na revista mensal Minha Casa e na rádio BandNewsFM. Profunda conhecedora do comportamento estético, do estilo de vida e do morar contemporâneo, a publicitária se especializou em arquitetura e design ao desenvolver projetos de branding para grandes marcas do setor. A partir de 2016, é também parceira da Feicon Batimat, maior feira da construção civil da América Latina.